
Quando um inlay é inserido em papel (conhecido no mercado flexográfico como frontal auto adesivo para impressão), é chamado de etiqueta inteligente. Essa etiqueta pode ser codificada. As impressoras RFID permitem que a etiqueta seja codificada durante a impressão. A impressão também pode ser feita em wet-inlays que não possuem frontal.
A maioria dos sistemas atuais de Identificação Automática (Auto-ID) utiliza códigos de barras e a transição completa para um sistema RAIN RFID será feita por etapas. Até lá, o RFID coexistirá com o sistema de códigos de barras. As impressoras RFID permitem um método de marcação que pode acomodar ambos os sistemas em uma única unidade. Essa unidade é essencialmente uma etiqueta inteligente que suporta o sistema de códigos de barras para impressão e o RFID para codificar o código eletrônico do produto da etiqueta, ou EPC.
As impressoras RFID são capazes de imprimir e codificar, o que as torna um periférico essencial para a implementação do sistema RFID. Essas impressoras podem ser colocadas em qualquer etapa do processo, dependendo dos requisitos da aplicação (por exemplo, no centro de distribuição, no armazém ou nos pontos finais, lojas de varejo, etc.).
Como funciona a codificação
A impressora RFID precisa endereçar individualmente cada etiqueta para codificar corretamente. Portanto, a impressora isola, ou singulariza, uma etiqueta das outras etiquetas vizinhas em um rolo. Um software de gerenciamento de etiquetas (LMS) controla o número EPC a ser codificado e impresso em cada etiqueta, incluindo o design. Esse software está conectado ao sistema Enterprise Resource Management (ERP) ou Warehouse Management System (WMS) de uma empresa, que controla a operação geral de impressão. As impressoras RFID utilizam um acoplamento eletromagnético de campo próximo com uma pequena antena dentro do chassi para gravar dados nas tags. Na faixa de 900 MHz, o campo próximo se estende apenas alguns centímetros, facilitando o isolamento do inlay em uma tag. No entanto, isso requer o alinhamento adequado dos inlays com a antena da impressora. A singularização é alcançada por meio do design apropriado da antena do inlay, posicionamento da antena em relação à etiqueta e ajuste da antena da impressora. A gravação nas tags requer mais tempo e energia do que a leitura, o que significa que o processo de gravação de tags é consideravelmente mais lento do que o processo de leitura de tags e requer mais energia (potência).
Como funciona a impressão
A impressão tradicional de etiquetas em impressoras RFID é realizada por meio de:
Transferência térmica. Esse método utiliza calor para transferir tinta de resina ou cera de uma fita separada para a etiqueta. Não desbota com a exposição ao sol ou calor. Esse tipo de impressão é mais complexa do que a impressão direta.
Mídia térmica direta. Esse método utiliza um estoque de etiquetas tratado que fica preto quando aquecido. É um design de impressora mais simples em termos de carregamento e manutenção, no entanto, as etiquetas são mais caras e desbotam com o calor e a exposição à luz.
Quando o layout dos dados impressos de uma etiqueta RFID cobre a região do chip, isso pode evidenciar uma marcação na etiqueta devido ao relevo do chip. Se a área do chip for coberta pelos dados impressos, a marcação na etiqueta pode evidenciar o chip na área impressa e eventualmente prejudicar o dado variável da região (exemplo: um código de barras pequeno). Portanto, ao projetar o layout dos dados impressos em etiquetas RFID, é melhor considerar a localização do chip e evitar qualquer sobreposição que possa prejudicar a legibilidade e a eficácia da marcação na etiqueta.
Configuração Adequada da Impressora
A configuração adequada da impressora é de extrema importância para obter um processo de impressão bem-sucedido. Isso inclui considerar e monitorar corretamente os seguintes fatores e parâmetros:
- Dimensões das etiquetas, seja ou não compatível com as especificações da impressora.
- A distância entre duas etiquetas consecutivas, pois isso influencia a velocidade da impressora.
- Localização do inlay dentro da etiqueta, pois isso afeta o alinhamento entre a etiqueta e as antenas da impressora.
- Localização do chip dentro da etiqueta, para evitar danos causados pelo cabeçote da impressora.
- A taxa de alimentação de etiquetas para a impressora, pois isso afeta a alimentação após a impressão e codificação.
Garantir a configuração adequada desses elementos é fundamental para garantir um desempenho ideal da impressora. Ao ajustar corretamente as dimensões das etiquetas, a distância entre elas e a localização precisa do inlay e do chip, é possível evitar problemas como desalinhamento, danos ao chip e dificuldades na alimentação das etiquetas (isso em geral é feito através de operações de “calibração” de mídia e de RFID, necessariamente neste sequência).
Além disso, é importante considerar as especificações técnicas da impressora ao configurá-la. Certificar-se de que as dimensões das etiquetas estejam de acordo com as especificações do fabricante ajudará a evitar erros de impressão e garantir uma qualidade consistente.
A taxa de alimentação das etiquetas também deve ser ajustada adequadamente. Uma taxa de alimentação muito alta pode causar problemas de alimentação após a impressão, resultando em etiquetas mal posicionadas ou com falhas na codificação. Por outro lado, uma taxa de alimentação muito baixa pode levar a atrasos na produção e redução da eficiência.
Em resumo, a configuração adequada da impressora é fundamental para um processo de impressão eficiente e com resultados de qualidade. Ao considerar os fatores mencionados e ajustar corretamente os parâmetros, é possível obter etiquetas bem impressas, alinhadas e codificadas corretamente, garantindo a satisfação do cliente e a eficiência operacional.
Sequência de Impressão e Codificação
- A impressora recebe um comando e dados do computador principal.A etiqueta é posicionada e o leitor verifica se existem dados vazios na etiqueta.
- Os dados vazios são inseridos no chip pelo fabricante.
- Os inlays defeituosos na etiqueta não respondem a essa verificação e falham.
- Se a verificação falhar, a etiqueta é marcada com uma marca especial de vazio impressa na etiqueta.
- Se a etiqueta passar na verificação de validade, a impressora codifica os dados para o inlay e verifica os dados após a codificação.
- Códigos de barras e outras informações são impressos na etiqueta.
- Em seguida, a confirmação é enviada de volta ao computador principal.
- A etiqueta está agora pronta para ser aplicada nas embalagens ou objetos (como por exemplo: itens, caixas, pallets, etc…).
Quando uma tag dentro de uma etiqueta não está funcionando de acordo com a especificação, essa etiqueta é chamada de etiqueta inoperante, o que representa uma grande preocupação tanto para os fabricantes de etiquetas quanto para os usuários. Para compensar as etiquetas inoperantes em um rolo, os fabricantes de etiquetas fornecem etiquetas extras. Normalmente, as impressoras possuem um mecanismo para verificar a qualidade da etiqueta e, caso encontrem uma etiqueta com defeito, marcam-na com uma marca especial de vazio (void) para que ela possa ser facilmente descartada. Essas etiquetas devem ser identificadas e descartadas antes de serem aplicadas nos itens.
Sempre que o modelo do inlay ou chip utilizado na etiqueta é alterado, a impressora precisa ser novamente configurada para operar de acordo com o produto utilizado. Atualizações frequentes do firmware também é uma boa prática para manter a operação sem erros inesperados.
As tags inteligentes possuem componentes eletrônicos delicados que são vulneráveis a descargas eletrostáticas (ESD) e devem ser manuseadas com cuidado. A ESD pode danificar o chip do inlay e tornar a tag inutilizável. Além disso, os fornecedores de tags especificam o raio de curvatura mínimo. As tags não devem ser dobradas abruptamente (em um raio pequeno), pois isso pode quebrar a conexão entre o chip e a antena. A flexão repetida também pode afetar a antena ou a conexão, prejudicando assim a funcionalidade da tag.